Maitê Piragibe é um dos principais nomes da dramaturgia da Record, emissora na qual já acumula mais trabalhos que os realizados em sua breve passagem pela Globo, entre 2001 e 2005. No canal de Edir Macedo, ela acumula seis novelas e uma minissérie bíblica (“José do Egito”).
Atualmente, a atriz está no ar em “Vitória”, folhetim em que interpreta Renata, coprotagonista que acumula uma série de conflitos. O papel era para ser de Giselle Itiê, que sofreu um acidente pouco antes do início das gravações da trama.
Em conversa exclusiva com o RD1, Maitê faz um balanço de seus quase dez anos de Record, emissora que defende e afirma ter lhe dado excelentes oportunidades, comenta seu trabalho em “Vitória” e também trata sobre projetos futuros.
Confira a seguir a íntegra da entrevista:
RD1 – Qual avaliação faz da evolução da Maitê de 18 anos, que começou em “Malhação”, para a atual, com 30?
Maitê Piragibe - Uma atriz mais completa e madura, mas ao mesmo tempo cheia de sonhos e com um prazer de continuar aprendendo e se reciclando. Hoje, me sinto pronta para realizar meus projetos pessoais e continuar na estrada com o mesmo frio na barriga do início.
RD1 – Você já defendeu a Record na internet, questionando os que perguntam o que ainda está fazendo na emissora. Atualmente, o mercado para os atores cresceu muito, são diversas novelas, séries e filmes. Por que acredita que ainda existe esse pensamento de que fora da Globo o profissional está ‘fora do ar’?
Maitê Piragibe - Não sei explicar, o fato é que vou continuar defendendo uma empresa que produz produtos de qualidade artística e valoriza o meu trabalho, sempre me dando excelentes oportunidades. Sucesso é ter a possibilidade de se sustentar dignamente da arte e ter felicidade e prazer no dia-a-dia do trabalho, independentemente da audiência.
RD1 – Você atuou em projetos bem variados, de novela com tema vampiresco, passando por tramas de época a religiosas. Qual dos personagens que fez considera o mais difícil?
Maitê Piragibe - Todo universo criativo é um desafio, independente da época e da atmosfera retratada.
RD1 – No ano que vem, você completa 10 anos na Record, e a emissora estava retomando o núcleo de dramaturgia quando seu contrato foi assinado. Qual o balanço que faz dessa década no canal?
Maitê Piragibe - Vejo uma reestruturação contínua durante todos esses anos e o que desejo é a evolução e o crescimento da Record. Atualmente, acontece uma fusão com produtoras muito bacanas de cinema, um critério mais seletivo no banco de elenco e uma continuidade na dramaturgia de qualidade.
RD1 – Cabelos ruivos estão entre os mais requisitados na atualidade. Sente-se mais paquerada com o novo visual?
Maitê Piragibe - Não presto atenção nisso, mas tenho adorado estar ruiva!
RD1 – Você precisou de algumas dicas sobre motos para viver a Renata. Qual sua relação com o veículo atualmente? Sente-se inspirada em seguir os passos da personagem?
Maitê Piragibe - Tenho muito respeito e atração pela moto, mas ainda acho muito perigoso em grandes cidades.
RD1 – Renata também é veterinária, um universo que não lhe é novidade, já que seu pai tem uma fazenda. Mesmo tendo essa base, acredita ser sempre fundamental para um papel fazer laboratório?
Maitê Piragibe - Sempre fundamental. Aliás, é a parte mais interessante para o enriquecimento do trabalho de composição da atriz. Um aprendizado delicioso e inusitado a cada projeto!
RD1 – A personagem tem algo comum com muitas mulheres da vida real: aguentar assédio sexual seja por causa dos filhos, vergonha ou, no caso de Renata, por precisar do emprego…
Maitê Piragibe - Isso sempre esteve presente na nossa sociedade. Infelizmente, a mulher tem que estar sempre atenta com esse tipo de postura para não ter problemas…
RD1 – Não bastasse esse dilema, Renata também perdeu tudo numa enchente, a mãe tem Alzheimer… Consegue não levá-la para casa após toda essa carga dramática?
Maitê Piragibe - Claro, minha experiência pessoal cresce com as minhas personagens. Aprendo com elas, sofro e evoluo como ser humano. Sem somatização dos sentimentos, pois o ator tem que trabalhar muito o auto-conhecimento para nunca confundir a sua essência ou deixar que sua energia se perca com essa doação.
RD1 – Sua escalação aconteceu em vésperas do início das gravações. Existiu alguma dificuldade no começo?
Maitê Piragibe - Fiz teste para outra personagem, confiaram no meu amadurecimento como atriz. Fiquei mais feliz ainda com a possibilidade de interpretar uma mulher com tantos conflitos como a Renata.
RD1 – Tem planos de voltar ao cinema e teatro? O que pretende fazer após “Vitória”?
Maitê Piragibe - Estou retomando um projeto que escrevi e tive que dar uma pausa por causa da minha gravidez. É uma peça chamada “Exorciza-me”, com meus parceiros da novela “Vitória”. Claudio Gabriel (Edu) irá dirigir, e o Leandro Léo (Ricardinho), será o diretor musical.
E vou focar no cinema após o fim da novela. Estou produzindo um curta e tenho feito bastante contatos legais para esse novo casamento. Estou torcendo para dar tudo certo!
RD1
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