segunda-feira, 8 de abril de 2013

Maytê Piragibe: "Reconstruir o Egito é de uma audácia muito grande"


Atriz é protagonista da série José do Egito

Maytê Piragibe se desliga no tempo e no espaço na hora de falar de sua personagem Azenate em José do Egito, da Record. Primeiro trabalho na tevê desde 2009, quando fez Promessas de Amor, da saga Os Mutantes, a atriz se reencanta com a profissão que decidiu seguir aos 4 anos de idade. A oportunidade de investir em uma obra fechada chamou a atenção da carioca de 29 anos. Além disso, Maytê volta a trabalhar com Alexandre Avancini, que a dirigiu em Vidas Opostas, quando deu vida à sua primeira protagonista.

"Estava esperando o momento certo para voltar. É bom estar em um produto tão importante. Tudo é muito rico em acabamento e qualidade. Reconstruir o Egito é de uma audácia muito grande", aponta.

Para dar vida a uma personagem de 1.500 a.C, Maytê se envolveu no projeto há quase um ano. Junto com boa parte do elenco, frequentou uma série de ''workshops'' relacionados à cultura egípcia e seu dia a dia.

"É muita história para conciliar. São mais de 300 deuses. Aprendemos o conceito deles de fé, religião, a cultura do sacrifício. Era um povo muito oculto e as referências são muito escassas. Temos dois filmes de baixo orçamento sobre o Egito, por exemplo", explica.

Em sua primeira minissérie bíblica, Maytê sempre cultivou um fascínio pela civilização egípcia. Por isso, antes mesmo de ser escalada para a produção, sua casa já era repleta de livros sobre o tema.

"Todo mundo tem uma época pela qual é apaixonada. Foi um casamento perfeito", ressalta. 


Na trama de Vivian de Oliveira, Azenate é uma jovem que, desde criança, é preparada para ser sacerdotisa e se casar simbolicamente com Seth, conhecido por representar o caos e a destruição. O pai Pentephres, papel de Eduardo Lago, é braço direito do Faraó Apopi, de Leonardo Vieira. Além disso, Azenate é melhor amiga de Tany, mulher do Faraó interpretada por Bianca Rinaldi.

"É criada toda uma expectativa em volta desse casamento dela. A ideia é que ela vá salvar o Egito e o Faraó e o povo vão viver em tranquilidade", conta.

Entretanto, os planos traçados são alterados quando Azenate se apaixona por José, de Ângelo Paes Leme, e renuncia ao sacerdócio em nome desse amor.

"É um amor proibido de início. E ela vai sofrer muito no começo. Mas contraria o Egito inteiro em favor dessa paixão", adianta.

A personagem de Maytê permanece na história dos 15 aos 52 anos, sendo na primeira fase interpretada por Ana Rita Cerqueira. A atriz, que fica cerca de uma hora e meia na caracterização antes de gravar, ganhou uma maquiagem específica para cada etapa de vida da jovem sacerdotisa.

"O processo de caracterização é muito delicado porque a câmara em alta definição pega tudo. Foram meses de teste de câmara para definir maquiagem e perucas", lembra.


Há sete anos na Record, Maytê se orgulha de ainda fazer testes para os papéis na emissora. Mesmo tendo dado vida a duas protagonistas na casa, a Joana de Vidas Opostas e a Nati de duas temporadas da saga Os Mutantes.

"Vamos ser testados para o resto da vida. Nunca tive ninguém influente para me ajudar na profissão. Na Globo, por exemplo, nunca tive contrato longo. Sempre corri atrás", avalia.

Na tevê desde 2001, quando estreou em Malhação, Maytê acredita que teve sorte ao longo de sua carreira, que já acumula 25 anos de trajetória.

"Entre 10 atores, oito desistem. O mercado se abriu cedo para mim. Essa profissão é muito incerta", aponta.

De acordo com o site recordistas.net

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