sexta-feira, 26 de abril de 2013

“Interpretar o Arnaud tem sido uma surpresa muito agradável”, diz André di Mauro

André diz que se dedica bastante a todos os personagens a ele confiados (Foto: Munir Chatack/Rede Record)
Balacobaco - Como tem sido interpretar o Arnaud?
André di Mauro - Interpretar o Arnaud tem sido uma surpresa muito agradável. Entrei mais ou menos no meio da novela, esperando fazer apenas uma participação, mas o personagem cresceu e ficou cada vez melhor. Tenho que agradecer em primeiro lugar ao diretor Edson Spinello pelo convite e por toda orientação dada desde o inicio. A direção foi peça-chave para o sucesso na criação do Arnaud. E à autora Gisele Joras, ao Luiz Carlos Maciel e equipe por me proporcionarem um personagem tão rico, pelas cenas ótimas e pelo seu crescimento dentro da trama. Resumindo: estou muito feliz por interpretar este vilão tão especial que é o Arnaud.
Balacobaco - O Arnaud tem uma quedinha pela Fabiana. Eles vão ficar juntos?
André di Mauro - Pois é, o Arnaud se apaixonou pela Fabiana e esta paixão trouxe um elemento cênico de conflito para o trio Arnaud-Norberto-Fabiana, criando situações inusitadas. Se eles vão ficar juntos ou não, vocês só vão saber assistindo a estes últimos capítulos, que, aliás, estão de tirar o fôlego!
Balacobaco - Todo mundo comenta as cenas do Arnaud com a sua “mãezinha”. Como você faz para parecer tão frio na novela?
André di Mauro - (Rsrs) É verdade, acho que a "mãezinha" do Arnaud foi um dos grandes achados do personagem. Deu a ele a humanidade que um frio assassino como ele precisava. Devemos sempre buscar os defeitos dos mocinhos e as qualidades dos vilões. Assim fazemos o personagem mais verdadeiro. Ninguém é totalmente mau ou totalmente bom, somos seres humanos complexos e cheios de particularidades. A “mãezinha” do Arnaud é o lado bom. O amor à mãe é um sentimento comum a todas as pessoas e assim deixa o público mais próximo, além de criar uma contradição genial para o personagem. Parecer frio realmente não é tão fácil, já que em alguns momentos as reações emocionais são quase automáticas. O Arnaud tem uma lógica de sentimentos muito específica, pode estar cercado por policiais, mas não tem medo. Já uma pequena barata pode deixá-lo desesperado. É importante, sempre antes de entrar em cena, "entrar no personagem". É como se eu ligasse e desligasse o botão interno das emoções de acordo com esta lógica tão peculiar dessa figura que é o Arnaud.
Balacobaco - Qual foi a sua cena mais marcante até agora?
André di Mauro - Tiveram várias cenas excelentes, mas como uma das cenas mais marcantes até agora poderia citar esta que foi ao ar na última semana quando Arnaud conversa com a Tais (Letícia Medina – que por sinal está dando um show de interpretação). Ele tenta justificar sua “doença” - vício de matar, dizendo que ele "não é um monstro, porque mata as pessoas tão rápido que elas nem sentem que morreram" e se explica contando que a “mãezinha” dele demorou e sofreu muito para morrer. Por isso, matar para ele é um “ato de amor”. Foi um texto muito bem escrito e uma cena que me proporcionou um enorme prazer ao fazer e ao assistir. Recebi muitas mensagens com elogios para esta cena por meio das redes sociais e dos meus e-mails.
Balacobaco - Você é um dos atores do elenco que mais comentam no Twitter. Como é esse contato com os fãs da novela?
André di Mauro - Eu acho fundamental manter este contato com os fãs e o público de uma forma geral. Sempre que posso, assisto às novelas de que participo, comentando com eles em tempo real no Twitter. É muito bom ver as reações no momento em que as cenas acontecem, assim posso acompanhar o que mais dá certo e com isso aperfeiçoar a minha interpretação. O Twitter e as redes sociais são ferramentas muito interessantes, e se forem bem usadas podem trazer ótimos resultados para o nosso trabalho.
Balacobaco - Qual deveria ser o fim do Arnaud?
André di Mauro - Pois é, não tenho a menor ideia de como será o final do Arnaud, mas como ele matou muita gente, talvez morrer e ir encontrar sua “mãezinha” no céu para pedir perdão pessoalmente por todos os assassinatos, quem sabe...
Balacobaco - Tem algum tipo de papel que você sonha em fazer?
André di Mauro - Eu sempre me entrego de corpo e alma aos papeis a mim confiados. Todos os personagens, assim como todos os seres humanos, são universos a serem explorados. Acho que o ator deve estar preparado para tudo. Um artista não pode ter preconceitos. Vejam por exemplo o caso do personagem pedófilo Lipe de Chamas da Vida, da genial Cristianne Fridman. Logo quando fui chamado, muitas pessoas chegavam e de forma preconceituosa falavam: “Mas, André, você vai ter coragem de fazer um pedófilo?!”. Tempos depois, com todo o sucesso que foi a novela e o personagem, os comentários destas mesmas pessoas sobre o êxito na interpretação do Lipe eram bem diferentes: “Ah, mas com um personagem desses, né; é fácil fazer sucesso...”. Do pedófilo Lipe ao eunuco Hegai (História de Ester), do mocinho/ex-policial Carlos (Vidas em Jogo) ao vilão/assassino Arnaud (Balacobaco), todos que vierem serão tratados com o mesmo empenho e dedicação. Estou muito satisfeito com os personagens que tenho interpretado na Record e só tenho a agradecer à emissora, à direção de teledramaturgia, aos autores e aos diretores pela confiança depositada em mim.
Balacobaco - Mande um recado para os telespectadores da novela.
André di Mauro - Agradeço muito por todo o carinho que vocês têm tido comigo desde que entrei emBalacobaco. A novela é feita para vocês. E, para mim, vocês, os telespectadores, são os verdadeiros protagonistas! Muito obrigado! E nesta reta final não percam nenhum capítulo, porque vocês vão se surpreender, se divertir e se emocionar a cada dia. Os últimos capítulos estão realmente... “do balacobaco”!!

R7

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