O pavor não é uma brincadeira e isso não tem graça alguma
Há tantos comentários sobre os zumbis do Silvio, mas tantos, que resolvi assistir. Falam sobre a qualidade fantástica, o nível técnico impecável. Tudo muito certo, mas de extremo mau gosto e total falta de criatividade. É muito fácil chamar a atenção das pessoas usando gritos. Quando qualquer programa na TV apresenta um grito de desespero, todos olham para telinha. Não há qualquer ato inteligente nisso.
Show sem limites
E quando vemos que não há atores do lado de dentro do trem, quando senhoras participam de algo tão assustador, em completo abuso e desrespeito com o ser humano, com seus medos, chegamos em outro item que torna o vídeo degradante: a exploração sem limite. Pavor é algo que foge do domínio, ninguém vivenciará isso como sendo uma simples brincadeira. Inicialmente encarará como um perigo a ser contornado e, diante de sua incompreensão e fragilidade, entrará em pânico. Se fazer isso com as pessoas é considerado bom para a TV, está na hora de a desligarmos.
O que há de engraçado em fazer isso com uma pessoa?
O programa dominical do SBT era o recanto aconchegante da família, onde Silvio era visto como quem sabe selecionar coisas agradáveis para que todos pudessem finalizar bem o dia. Dessa vez errou feio. Não há graça em provocar pavor nas pessoas, não há inteligência nisso, nem criatividade, muito menos respeito à família. Uma pena ter existido esse final de semana ao lado do SBT. Assim como estamos precisando de um político honrado, falta, também, pessoas que invertam a ordem das coisas e façam o ser humano ser mais importante que o dinheiro.
Mas ainda há possiblidade de tudo ser uma farsa, e que os únicos desrespeitados foram os telespectadores.
TV Foco
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