terça-feira, 9 de abril de 2013

Rayana Carvalho diz que remake de Dona Xepa será bem diferente



Em geral, são os vilões que movem as tramas e as tornam interessantes. Rayana Carvalho concorda com essa ideia, mas acrescenta que os bonzinhos também podem surpreender. A atriz viverá Lis, uma estudante cheia de nuances, em Dona Xepa, próxima novela da Record.

"Ela é uma personagem voltada para o bem, mas com tempero. Isso é muito importante. Os personagens muito certinhos são pouco atraentes. O público se interessa por quem tem personalidade forte", avalia.

Na trama, Lis é filha de Meg e Júlio César, interpretados, respectivamente, por Luiza Tomé e Maurício Mattar, e irmã de Vitor, papel de Márcio Kieling.

"É um núcleo de uma classe social mais elevada. Porém, ela tem uma filosofia de vida mais humanista, uma visão mais global, com pensamentos mais simples e mais práticos", explica.

A personagem é estudante de História, envolvida com questões de direitos humanos, além de ser muito ligada à família.

"Ela defende com unhas e dentes tanto uma causa quanto seus familiares. É uma garota que sabe o que quer e se impõe", acrescenta.

Os ideais de Lis se refletem em seu estilo, que Rayana descreve como hippie chic.

"Ela se veste um pouco fora do padrão da alta sociedade, de um jeito mais voltado para o 'hippie', já que tem um pouco dessa ideologia", define.

Além do figurino, cheio de franjas e saias longas, a atriz precisa usar aplique para aumentar o volume e o comprimento de seu cabelo.

"A produção escolheu usar o aplique removível em vez do 'megahair' porque é uma dor de cabeça a menos, para mim e para eles. Acatei na hora. Fica pronto em cinco minutos e estou amando", conta.

Dona Xepa será uma adaptação da peça de Pedro Bloch, que também já deu origem a duas novelas na Globo – a primeira versão homônima para tevê, em 1977, e Lua Cheia de Amor, exibida entre 1990 e 1991 . A trama da Record promete ser bem atual e trará novidades como as mulheres-fruta, representadas por Dafne, personagem de Robertha Portella, que se tornará a Mulher Tutti-Frutti ao longo da história.

"É uma versão contemporânea. Não me preocupei em ver a versão anterior porque não será nada parecida", revela.

O roteiro de Gustavo Reiz trará novos personagens, mantendo apenas Dona Xepa, protagonista de Ângela Leal, e seus dois filhos, Rosália e Édison, vividos por Thaís Fersoza e Arthur Aguiar. As gravações, que começaram bem tranquilas, dão tempo para que os atores encontrem melhor o tom de seus papéis.

"Gravar aos poucos favorece muito quando você está criando o personagem ainda, porque você tem espaço para errar, processar o erro e corrigir. Não estamos fazendo aqueles dias de 10, 15 cenas", analisa.

O ritmo é bem diferente do que Rayana enfrentava em sua novela anterior, Rebelde.

"Era um trabalho diário, com uma rotina intensa", relembra.

Mas, para a atriz, tudo valeu a pena.

"Além de abranger bem o público-alvo, foi um trabalho importantíssimo. Me apresentou à empresa e me permitiu conhecer muitos profissionais. Aprendi muito", afirma.

E foi o papel da antagonista Pilar que lhe rendeu o convite para a nova produção.

"Acabei de trabalhar com o Ivan Zettel por dois anos, então ele não teve dúvidas ao me chamar. Tomei até um susto porque não precisei passar por uma bateria de testes, como esperava", diz, referindo-se ao diretor-geral da novela adolescente, que também comanda a nova trama da emissora.

O Fuxico

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