Depois de 16 anos da morte do cantor João Paulo, da dupla com Daniel, a justiça chegou a uma decisão sobre a indenização que a família do sertanejo deve receber da montadora de carros de luxo BMW, marca do veículo que João Paulo usava quando sofreu o acidente fatal.
Segundo o site da revista “Veja”, no último dia 21, o juiz Rodrigo Cesar Fernandes Marinho, da 4ª Vara Cível Central de São Paulo, deu ganho de causa em primeira instância para a viúva, Roseni Barbosa dos Santos Reis, e a filha, Jéssica Renata dos Reis.
Elas alegaram na justiça que o acidente de carro foi provocado por uma falha mecânica do BMW 328i/A dirigido pelo cantor. Pelos cálculos do advogado da família, Edilberto Acacio da Silva, a indenização pode chegar a R$ 500 milhões.
“O pleito é para que elas recebam uma pensão mensal equivalente a dois terços dos rendimentos que ele teve nos últimos seis meses de vida. João Paulo ganhava mais de 1 milhão de reais por mês, em valores corrigidos”, diz Silva. “Na sentença, o juiz determina que a pensão deveria ser paga desde a morte até a data em que João Paulo completaria 70 anos. Quando da decisão final, as herdeiras devem receber os valores atrasados de uma vez. Se a decisão final fosse agora, por exemplo, elas receberiam pelos 16 anos desde a morte, de uma única vez, o que daria cerca de 500 milhões de reais, a ser dividido entre as duas”, completa.
O laudo pericial deu embasamento para Roseni e Jéssica alegarem a falha no pneu do carro: “estourou, saiu da roda ou esvaziou repentinamente, fazendo com que o motorista perdesse o controle a adentrasse no canteiro central, causando o capotamento do veículo e o seu incêndio, com a consequente morte por ‘carbonização’”.
Somente este laudo já seria razão para a BMW pagar indenização por danos morais de 150.000 reais, com correção monetária e juros legais de mora, para cada herdeira.
A BMW discorda da decisão e vai recorrer. “A empresa esclarece que essa é uma decisão de primeira instância e que apresentará recurso de apelação junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo, quando o caso será novamente julgado por um órgão colegiado formado por desembargadores”, diz o texto da assessoria.
TV Foco
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