domingo, 27 de outubro de 2013

Após quase 40 anos no ar, “Sessão da Tarde” é ameaçada de extinção

sessão da tardeQuem não se lembra da tradicional vinheta da “Sessão da Tarde”?
Os pacotes de filmes devem perder espaço na programação das emissoras abertas.  Alvos da alta concorrência da TV paga, da pirataria e dos serviços de vídeo sob demanda, sessões de filmes da Globo, da Record e do SBT perderam quase a metade de seu público na última década.
Em 2006, a média da “Tela Quente” da Globo era de 34,1 pontos. A sessão de filme da segunda-feira acumula média de 19,8 pontos neste ano. Cada ponto equivale a 62 mil domicílios na Grande SP.
Mas a sessão pronta para sair da grade da Globo é a “Sessão da Tarde”. A faixa vespertina do canal é a que mais perdeu telespectadores nos últimos dez anos.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, é cada vez maior a ideia, na Globo, para o fim das combinações “Vídeo Show”, “Vale a Pena Ver de Novo” e “Sessão da Tarde”.
Além de alterar o “Vídeo Show”, que a partir de novembro terá Zeca Camargo no comando, a Globo estuda tirar a “Sessão Tarde” do ar. Ao ser perguntada, a emissora não nega veemente e diz que “analisa sua grade de forma permanente”.
Conforme já foi noticiado aqui no TV Foco, um outro horário de reprises de novelas e uma atração ao vivo são cotados para a faixa.
sessao-da-tardeNeste ano, a “Sessão da Tarde” ganhou uma nova vinheta e uma nova identidade visual
O canal, que tem contratos com as distribuidoras Fox, Disney, Paramount e Sony, afirma que os filmes representam hoje 10% de sua programação e atribui a queda de audiência ao aumento de renda das famílias brasileiras, o que permite mais idas ao cinema e acesso a serviços pagos que oferecem filmes.
Outro que pode deixar as produções norte-americanas de lado é o SBT. Dono de um dos melhores pacotes entre os canais abertos, pretende não renovar o contrato de exclusividade dos filmes e desenhos da Warner Bros.  Silvio Santos, que tem contrato com a produtora há 14 anos, já negocia um pacote mais em conta e menor. A Warner quer R$ 40 milhões anuais pelo seu conteúdo, que alimenta as principais sessões de filmes do SBT. Dele é que vem a série de longas do Harry Potter.  Não há mágica que salve a audiência dos filmes. O SBT viu seu “Cine Espetacular” passar de 11,7 pontos em 2006 para 6,7 em 2013.
Nem o investimento pesado em blockbusters como “Avatar” salvou o ibope da Record. O  ”Tela Máxima”  marcou uma média de 10 pontos em 2006. Neste ano, está na casa dos 5,6.
rd1

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