quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Giovanna Antonelli e Alexandre Nero “Salvando Jorge”


Assim como falam do futebol, eu também creio que novela é uma caixinha de surpresas. Nem sempre a principal aposta é aquela que vinga no caminhar dos capítulos. Falo isso em se tratando daquele que, supostamente, deveria ser o casal protagonista de “Salve Jorge”.
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Nada contra os atores. Apenas tudo a favor do fim do casal na novela
Era para Théo e Morena formarem o casal queridinho do público, envolto em uma trama romântica carregada de paixão, desejo, dramas e barreiras a serem superadas em nome de um grande e avassalador amor. Mas o “conto de fadas” proposto aos dois personagens pelo roteiro da autora Gloria Perez se tornou um verdadeiro suplício de tão monótono e arrastado de ser acompanhado por nós, telespectadores. Surgem Théo e Morena, tendo como trilha sonora a já enfadonha parte do Roberto Carlos entoando “ESSE CARA SOU EU”, como um mantra mais convidativo ao sono do que música de ninar da mamãe aos 6 meses de vida, e a gente já pensa em pegar o controle remoto e conferir o que está passando nas outras emissoras.
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Morena e Théo: “Voltem pro mar, oferendas!”
Perdoem-me, mas Théo e Morena me lembram sopa para hipertenso internado em um hospital: sem sal, sem açúcar, sem tempero, sem gosto. Tem mais química no cabelo tingido com a “cor do Brasil” da Nanda Costa do que entre sua própria personagem junto a Rodrigo Lombardi em cena.
Mas, para nossa grata surpresa, eis que um “casal não-casal”, pelo menos nesse momento da trama global, dispara merecidamente como os queridinhos do povo. Dona Helô e Doutor Stênio, defendidos quase que impecavelmente pela linda Giovanna Antonelli e pelo charmoso (sim, eu acho ele charmoso) Alexandre Nero, ambos muito talentosos, têm tornado “Salve Jorge” uma novela menos sofrível de se ver.
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Um brinde ao melhor casal de “Salve Jorge”
Sinto um verdadeiro frisson, medido principalmente através do que acompanho da galera que acompanha a novela através do Twitter, toda vez que Donelô Dotôixtenho, forma carinhosa e carregada de sotaque da fala da empregada Creusa (Luci Pereira), aparecem em cena.
Leandro e Leonardo cantando ♫ E se, de dia, a gente briga…
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a noite a gente se ama ♫0aaaa0aaaaaaaaaa
A delegada e o advogado, mesmo trabalhando no combate ao crime, por ironia, acabaram roubando as atenções e os holofotes do ‘pseudo’ casal principal da novela. O jogo de gato e rato vivido pelos dois, que poderia beirar a comédia pastelão é, talvez, o melhor núcleo atualmente em evidência na trama. Antonelli e Nero conseguem formar uma dupla dinâmica, hilária e altamente funcional e deliciosa de se ver.
Separados, mas nem tanto, as brigas, desentendimentos e tentativas de reaproximação conferem ao público momentos de pura diversão, como um oásis em meio a uma história árida e nada convidativa em quase toda sua totalidade dos capítulos ultimamente.
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Antonelli e Nero: bom humor em ótimas atuações
Esse desvio do gosto dos telespectadores de um casal de novela para outro que, em linhas iniciais, nem tinha sido elaborado para tal projeção, pode ter sido recentemente visto na novela antecessora de “Salve Jorge”; a já aclamada e saudosa “Avenida Brasil”.
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Nina e Jorginho, interpretados à época por Débora Falabella e Cauã Reymond, tinham tudo para escreverem uma linda história novelística de amor. Eram fofos enquanto o casalzinho infantil no lixão da Mãe Lucinda, mas cresceram, e a fofura deu vazão a uma narrativa complicada demais para a paciência do povo. Era só Adele ameaçar os primeiros acordes de “SET FIRE TO THE RAIN” pra gente já soltar um “Aff! Lá vem esse mimimi dos dois!” no conforto dos nossos sofás e redes sociais.
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E aí, quem caiu nas graças da galera foi o casal Tessália (Débora Nascimento) e Darkson (José Loreto). Os dois conseguiram ter tanta química entre si, que o casal da novela se estendeu para a vida real. Os atores formam, até hoje, um dos jovens casais de famosos mais fofos de se ver, dentro e fora da tela da televisão.
Giovanna Antonelli e Alexandre Nero estão, com merecido mérito, ganhando destaque e espaço, em meio a uma profusão de acontecimentos paralelos nada apreciáveis e chamativos, vividos por um batalhão de personagens secundários e, por muitas vezes, esquecidos e esquecíveis.
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Agora é rezar para São Jorge e implorar para Gloria Perez reduzir as cenas da CapadUÓcia de Morena e ampliar as cenas da delegacia e do apartamento de Dona Helô.  Menos Morenaffcom ChaThéo, e mais Donelô com Dotôixtenho. Os telespectadores agradecem desde já!
do site RD1

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