Em entrevista ao site “Ego”, Patrícia Moraes, editora-executiva de comportamento e entretenimento do portal “iG”, revelou que a repórter que denunciou o cantor Biel por assédio sexual entrou de licença-médica na última segunda-feira (06).
“Ela não tinha deixado de trabalhar, é superprofissional. Mas depois que um programa de televisão vazou os áudios da entrevista dela, sem autorização, ela ficou emocionalmente muito abalada. Aí, resolvemos dar uma licença para ela de tempo indeterminado. Até para que ela fique um pouco distante dos acontecimentos, mais tranquila”, afirmou.
Patrícia contou que as pessoas que estavam no local e escutaram as declarações do músico estão sendo ouvidas nas investigações, e que passou a receber xingamentos e ameaças nas redes sociais após ter assinado a matéria que divulgou o caso.
“São pessoas que não conheço que mandam mensagens dizendo que eu fiz a matéria para aparecer, ficar famosa. Não posso afirmar que são fãs do Biel. Tem muita gente também tentando encontrar a repórter, ligando pra descobrir quem é, o que também ajudou a decidirmos pela licença dela. Todas as ameaças recebidas por mim ou por qualquer outro profissional referente ao caso estão fazendo parte das investigações”, esclareceu.
Moraes disse que a jornalista procurou no dia seguinte a gravadora do funkeiro, a Warner Music, para falar sobre o acontecido. “Mas só depois que o boletim de ocorrência foi feito e Biel intimado a depor, que o presidente da Warner, Sergio Affonso, entrou em contato. Ele classificou o acontecimento como ‘lamentável’ e ‘fora do contexto atual de lutas pelos direitos das mulheres’. Ele também se colocou à disposição da repórter para ‘qualquer coisa’. Mais de 15 dias se passaram e nunca entraram em contato. Biel e nem ninguém nunca se manifestou para pedir desculpas”, relatou.
A editora pontuou que ainda espera que Biel se retrate. “Que ele peça desculpas à repórter e a todas as mulheres com quem ele já falou desse jeito. Porque é isso que a gente precisa, de conscientização. A repórter ficou muito abalada, isso pode resultar em traumas profissionais e pessoais. Imagina se ela o encontra em algum evento? Porque ela é repórter, pode acontecer. As pessoas tem que entender que a violência não é só o olho roxo, a psicológica também deixa marcas”, concluiu.
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