domingo, 19 de maio de 2013

“Sofrimento de José foi fundamental para seu crescimento”, opina Ângelo Paes Leme


Ângelo Paes Leme vive José na fase adulta. Foto: Michel Angelo/Record
Passar 1h30 na caracterização, decorar textos elaborados e se expor a horas e horas de gravação. Para Ângelo Paes Leme, nada disso foi tão difícil quanto imprimir no seu José adulto a carga emocional coletada durante a infância.
O ator, que protagoniza a fase adulta do personagem, revelou para o R7 que José carrega tristeza até quando é coroado governador, e equilibrar os sentimentos foi o mais desafiador para o ele.
— Em termos de caracterização a gente acaba se acostumando ao que precisa ser feito. A maior dificuldade talvez seja sempre procurar manter concentração no trabalho, porque José é um personagem que o tempo todo carrega seu passado e que representa toda a solidão e sofrimento da sua história. Eu preciso estar sempre conectado com isso.
Quem está acompanhando a minissérie sabe das grandes dificuldades que o jovem hebreu passou até chegar ao Egito como escravo. Mesmo desprezado pelos irmãos, expulso de sua terra e marcado por chicotes, José não perde a fé em reencontrar a família. Para Ângelo, as provações fizeram do personagem um adulto íntegro.
— Ele consegue manter o amor dentro do coração, consegue viver em nome do bem e acreditando em Deus, mas não tem como você deixar de lado as perdas, as coisas que ele passou. Ele não sabe se o pai continua vivo, se ele vai reencontrá-lo. Esse sofrimento foi fundamental para o crescimento e formação do caráter dele, e principalmente para engrandecimento da sua própria fé. Ele foi um homem muito virtuoso, mas passou por provações e injustiças e aprendeu com isso. Ele não sucumbiu.
Azenate, personagem de Maytê Piragibe, será uma das responsáveis por amenizar um pouco a dor de José. O amor que o casal irá construir nos capítulos futuros aquecerá o coração do hebreu.
— Ele nunca perdeu a fé em Deus, mas é difícil. Ele é uma pessoa que muitas vezes se abala com tudo aquilo. Como ser humano, ele sofre. Tem uma frase muito bonita dele que resume isso. Quando ele reencontra os irmãos, ele diz para a Azenate: “Deus me deu uma família para que eu pudesse esquecer minha tristeza e para que eu pudesse prosperar nessa nova terra”. São as novas alegrias que ele vai recebendo na vida que vão amenizando esse sofrimento

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